A nossa casa é mais confortável, tudo que precisamos está lá. Nosso colchão, nosso sofá, nosso chuveiro…
É seguro. Sim é. Nossa casa não está cheia de pessoas doentes e tem menos bactérias resistentes do que em um hospital.
As chances de ter uma cirurgia cesariana desnecessária é muito menor, porque a assistência não é cesarista.
Tem menos intervenções desnecessárias, procedimentos invasivos e violência obstétrica ou neonatal.
Não são feitos tantos exames de toque vaginal como no hospital e nem por profissionais diferentes. Muitos partos domiciliares acontecem sem que haja a necessidade de fazer essa avaliação.
Não precisa fazer exame de cardiotofografia de rotina, como é feito no hospital. Esse exame não aumenta a qualidade da assistência, já que no parto domiciliar a parteira faz ausculta intermitente dos batimentos cardíacos fetal com o aparelho de sonar.
Nenhuma papelada burocrática é necessária ou mais importante do que a sua família. Todos os contratos e termos de autorização são discutidos e assinados no pré-natal, antes do parto para não atrapalhar esse momento.
A comida caseira é bem melhor e a gente pode comer quando quiser, não precisa de jejum sem necessidade. Comida orgânica? Comida vegana? Água de coco? Pode tomar suco, comer lanches e fazer refeições gostosas durante e também após o parto. Já imaginou parir e comer sua comida preferida depois? Pizza? Sushi? Sopa da vovó?
O acompanhante tem uma cama confortável. Ufa! E pode tomar banho a hora que quiser.
A pessoa que está parindo pode gritar o quanto for necessário, sem que ninguém te peça que seja diferente. Pode gemer, pode chorar e falar o que quiser.
Quando a gestante disser NÃO, ela não será forçada a nada, nem será coagida ou ameaçada.
Não tem anestesia… Buscamos durante o pré-natal ressignificar a dor e desmistificar o medo cultural do parto. São utilizados métodos naturais para aliviar a dor das contrações como massagens, técnicas de respiração, meditações guiadas, exercícios corporais direcionados, musicoterapia, acupuntura, fitoterapia, banhos terapêuticos no chuveiro ou na banheira, aromaterapia, chás, entre outros muitos cuidados individualizados.
E possível escolher qualquer posição a qualquer momento durante o trabalho de parto e para parir. Parteiras são elásticas e eu posso provar! É importante experimentar posições que tragam maior conforto durante as contrações para tornar o processo do parto leve e mais fluido.
O ambiente é protegido, calmo, com luzes diminuídas e vozes baixas. Você pode preparar o ambiente com o que desejar. Flores? Fonte de água? Luzes, velas, fotos das pessoas que a gente ama… Deseja compor um altar de proteção pro parto? Tudo isso é possível.
Não tem conversas paralelas sobre assuntos aleatórios que não seja adequado ou convidado. Pode ter a nossa música escolhida, no volume que a gente preferir, ou pode haver total silêncio se assim preferir.
Também pode ter aromas delicados, perfumes que a gestante goste. Um cheirinho de roupa de neném, o perfume da nossa mãe ou algum aroma preparado justamente para esse grande dia.
Pode ser escolhido o ambiente para o nascimento… A sala, o quarto… Dar à luz na sombra de uma árvore no quintal? Essa também pode ser uma opção.
Ao nascer, o bebê vai imediatamente para o colo da sua mãe e fica lá sem interrupções, só serão separados com permissão e por necessidade. A golden hour não é desrespeitada, a parteira pode aguardar para pesar e medir o bebê.
Não são realizados procedimentos desnecessários com o bebê.
É respeitado o tempo escolhido para o clampeamento e secessão do cordão umbilical, assim como a pessoa escolhida para realizar com auxílio da parteira.
Não há pessoas estranhas assistindo esse momento… Nem passando por ali.
Os pets podem participar. Não é preciso ficar longe dos nossos animais para parir, tomar algumas precauções (orientadas pela parteira) pode ser suficiente.
Ter um acompanhante de sua própria escolha no parto já é um direito de todas as gestantes brasileiras, mas no parto domiciliar é possível escolher quantos acompanhantes quiser… Companheiro, companheira, mãe, irmã, amiga…
Filhos mais velhos e crianças são bem-vindas. Imagina poder parir acompanhada e encorajada por nossos filhos mais velhos?
Não há nenhuma objeção quanto a escolha de equipe de foto e filmagem. Não precisa de cadastro e nenhuma outra burocracia, apenas a autorização da gestante e pronto.
A placenta não se torna um risco biológico imediatamente ao nascer. É possível ver, tocar, agradecer e se despedir dela. Assim como é possível consumir a placenta, descartar (de forma segura).
Parteiras treinadas e experientes podem resolver a maioria dos “problemas” em casa da mesma forma que resolveriam no hospital. Se for identificado algo que não pode ser resolvido em casa mesmo, o “plano B” é acionado imediatamente conforme o planejado durante o pré-natal.
O hospital fica aberto 24 horas por dia, portanto, se precisar, o parto poderá ser concluído lá a qualquer momento.
Boa hora!
Foto inicial principal: Carol Guasti, parto domiciliar planejado da Débora.
Primeira fotografia: Marcelle Almeida, parto domiciliar planejado da Joana.
Quadro com quatro fotos: Jessica Alves, parto domiciliar planejado da Gabi.
Terceira fotografia: Marcelle Almeida, parto domiciliar planejado da Joana.
Vídeo: parto domiciliar da Aline Flores, nascimento do Martin.
Tire suas principais dúvidas sobre o parto domiciliar planejado e viva essa experiência com segurança e autonomia.