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Regra número 1: parto é paciência
Regra número 2: parto é espera
Regra número 3: parto é surpresa

Cada mulher tem seu próprio tempo e cada bebê também tem seu próprio tempo. Um bebê pode precisar de 4 horas para nascer, enquanto outro pode precisar de 2 dias inteiros... Quem sabe?

Vamos imaginar que o trabalho de parto é como uma música que conta uma história, e o enredo segue com seu próprio ritmo íntimo e singular.

Partos mais longos não são menos especiais do que os partos rápidos, assim como não significa que algo está errado.

Partos rápidos demais ("a jato") costumam ser mais coléricos, com contrações intensas e mais frequentes que podem provocar uma sensação de chegada avassaladora. Esses nascimentos exigem um cuidado imperturbável e assertivo, para a gestante se sentir corajosa e o parto fluir com maior tranquilidade.

Nos partos mais longos, percebe-se que é possível decantar cada uma das contrações de mansinho. A gestante tem tempo de conversar entre uma contração e outra, respirar com leveza e viver com maior presença. Nos nascimentos que se mostram mais lentos, é importante manter bons pensamentos e proporcionar mais momentos de descanso para todos.

Fatores ambientais e emocionais com certeza interferem nisso tudo, já que todo trabalho de parto depende de um "coquetel de hormônios do amor".

E claro, também podem haver pausas durante o trabalho de parto. As contrações vão diminuir e o sono vai chegar... Alguns corpos pedirão descanso, e em outros casos, a mente é que pedirá. Se isso acontecer, descanse.

Não é necessário acelerar as etapas do trabalho de parto, principalmente se tudo estiver indo bem, se mãe e bebê estão saudáveis, seguros e felizes - como na maioria dos casos de baixo risco.

O que NÃO precisa fazer: o profissional dar comandos pra mulher a cada 3 minutos para que ela faça força; apertar a barriga da gestante (a manobra de kristeller é proibida no Brasil); deixá-la sem ar de tanto fazer força; cortar o períneo (não há evidências científicas que justifiquem a prática da episiotomia); puxar o bebê...

Mulheres sabem parir e bebês sabem nascer!

Boa hora!

Foto inicial principal: Juliana Fernandes, parto domiciliar planejado da Vânia.

Primeira foto: Camila Mendonça, parto domiciliar planejado da Cecília.

Quadro com duas fotos: Jessica Alves, parto domiciliar planejado da Gabi.

Última foto: Bruna Ricardo, parto domiciliar planejado da Pri.